Educar na Curiosidade

 

Texto para pais e professores:

 

Educar na Curiosidade

(Baseado no livro de Catherine L’Ecuyer)

 

O essencial na educação de uma criança é a qualidade das interações e dos vínculos criados entre a criança, seus familiares e cuidadores, e não o excesso de estímulos sensoriais, a satisfação incomensurável de seus caprichos, a saturação de bens materiais, a agenda sobrecarregada de atividades, a intensidade exagerada com que assiste à televisão ou lida com as telas de diferentes dispositivos tecnológicos e a dificuldade em dizer “não” para a criança.

As crianças de hoje são dispersas, hiperativas, com dificuldade de estabelecer vínculos, demonstrar afetos e aceitar autoridade, quer de pais, professores ou cuidadores.

O que falta então?

Falta para a criança o despertar da curiosidade, da imaginação e da motivação para a descoberta do novo. Quase tudo é dado pronto para as crianças.

A educação deve se desenvolver por meio da curiosidade, do seu ritmo próprio. De situações reais que desafiem seu pensamento.

Devemos criar circunstâncias para aguçar a imaginação, a inventividade, a criatividade e a descoberta para depois ajudá-la a compreender.

Nesse processo é importante deixar claro os limites, as normas de convivência, as regras mínimas e os materiais disponíveis. É necessário ajudar a criança a compreender as consequências de suas ações.

O valor da educação está em preparar o cérebro para pensar por conta própria.

O silêncio e a reflexão são indispensáveis para a aprendizagem, a interiorização das informações e transformação em conhecimentos.

Por isso vale dizer que muitas vezes a tecnologia digital de informação e comunicação pode entorpecer a mente da criança, dificultar a sua capacidade de reflexão e criar a ilusão de que apertando botões para respostas em tempo real será suficiente para a boa educação.

A criança, na verdade, precisa desenvolver o pensamento crítico, da humanização, da ética e da cidadania responsável e da aprendizagem por descoberta.

A orientação cuidadosa e amorosa dos educadores deve também direcionar-se para a interação social, a criação de vínculos afetivos, a observação e o encanto com a natureza, a sensibilidade e a amorosidade da criança e para com a criança.

Para isso precisamos manter a atenção para evitar o uso desmensurado de dispositivos tecnológicos.

Tudo tem seu valor na medida certa.

A educação deve estar voltada para aprender a pensar, criar, inventar, descobrir o mundo, admirar a natureza, compreender a realidade, compartilhar e ser solidário.

 

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