Quando a Criança é o Centro das Atenções

Hoje vamos abordar um assunto muito comum com as crianças, tanto em casa ou na sala de aula. Conversamos com a psicóloga Márcia Pedroza para obtermos uma base científica unida ao estudo bíblico sobre a maneira correta de lidar com a situação, quando a criança se torna – ou deseja se tornar – o centro das atenções.

 

Ela explica que se a criança tiver até 3 anos de idade, é normal que se sinta o centro do universo e  queira atrair a atenção para si mesma. Mas devemos estar atentos para que este comportamento não se estenda por muito tempo, pois certamente isso irá acarretar sérios problemas.

 

Podemos estar diante de duas situações:

 

1 – Excesso de atenção;

 

2 – Falta de atenção.

 

No primeiro caso – Excesso de Atenção – a criança sempre teve muita atenção, pessoas e coisas à disposição dela, fazendo-a acreditar que tudo gira em torno dela. Normalmente quando se instala um comportamento inadequado numa criança é porque houve excesso ou falta de alguma coisa.

 

Nesse caso, pode ter havido excesso de concessões por parte dos adultos e coisas materiais. Além disso, falta de limites e ausência de outras crianças para aprender a dividir, desde a atenção dos pais até o pacote de biscoito e o controle remoto da TV.

 

O que fazer? Primeiro, os pais devem entrar num acordo de que vão precisar mudar a maneira como lidam com essa criança, e começar a colocar no repertório da criança uma coisa que talvez ela tenha tido muito pouco que é a frustração. Dizer não à criança também é um ato de amor e necessário para a saúde física e emocional dela.

 

Uma criança sem limites é uma criança insegura e com o tempo vai tendo problemas de relacionamento. É preciso que haja essa intervenção urgente para que ela não se torne uma criança mimada para não se tornar o que é pior ainda, um adulto mimado.

 

Uma pessoa mimada é a eterna insatisfeita.

 

Isso precisa ser conversado com a criança e trabalhado através de brincadeiras e leitura de histórias infantis com fundo moral sobre o egoísmo. Dizer para essa criança que uma pessoa egoísta acaba ficando sozinha, porque ninguém gosta de ficar perto de alguém assim. Pode-se criar uma historinha com bonequinhos ou através de desenhos. O importante é que o assunto seja abordado de maneira lúdica.

 

A outra possibilidade – Falta de Atenção – ocorre quando houve excesso de privação a essa criança nos primeiros meses de vida, como por exemplo, no caso das que foram adotadas, e chegam muito carentes de atenção e cuidados, não podendo abrir mão de nada, achando que poderão voltar à situação de privação.

 

Nesse caso, também há a necessidade de conversar com a criança de que ela foi escolhida por aqueles pais e que eles vão cuidar dela e ajudá-la a computar as coisas boas que recebe para que haja maior confiança nessa criança.

 

Também temos as crianças que não recebem a atenção necessária dos pais, por alguma alteração da rotina ou por comportamento normal, muito trabalho, falta de tempo e paciência. Os pais precisam entender que não adianta estar com a criança sem interagir com ela. Os pais precisam participar da vida dos filhos em quantidade e qualidade.

 

Não posso deixar de mencionar uma frase que ouvi do Içami Tiba, afirmando que além de tudo, ainda existem as características individuais de personalidade:

 

“Tem gente que é como o cachorro e pensa: essa pessoa faz tudo por mim, então ele deve ser o meu dono. E tem gente que é como o gato e pensa: essa pessoa faz tudo por mim então eu devo ser o dono dele.”

 

Todos têm necessidade de atenção. O limite é “ser inconveniente”.

 

Carência é um pedido de ajuda

 

Pais e professores devem entender essa atitude como um pedido de ajuda. A carência afetiva infantil, se não for bem administrada, pode causar distúrbios de comportamento no futuro.

 

As causas mais comuns podem ser: falta de atenção em casa, morte ou doença de familiares próximos, divórcio, problemas de relacionamento dos pais, amor baseado em altas expectativas que a criança não pode alcançar, amor excessivo, falta de limites.

 

Então, qual deve ser a atitude do pai ou professor?

 

O primeiro passo é criar um vínculo com a criança para poder estabelecer um diálogo com ela. O diálogo faz com que ele comece a entender a razão desse comportamento. Dessa forma, o professor pode orientar os pais, com muito tato, sobre o problema da criança. Já os pais precisam analisar se há excesso de atenção, ausência ou falta de atenção, ou ausência de limites. Quem ama, cuida. Isto vale para pais e professores. É fundamental que existam regras no lar e na classe para que a criança saiba respeitar. Assim a criança se sentirá cuidada, segura, protegida e amada.

 

Especificamente para professores, o ideal é trazer os pais para uma reunião, orientação, palestra e participação na vida dos filhos. Isto pode se feito através de reunião marcada ou de carta ou estudos enviados para que os pais leiam em casa dando retorno.

 

A criança precisa ver os pais demonstrando afeição, amor um pelo outro. Precisa aprender com os pais sobre amor, carinho, cuidados. A criança aprende a ser afetuosa, na medida certa, com a família e seu exemplo.

 

Algumas dicas para o professor:

 

1 – Estabeleça vínculos com seus alunos, conversando com eles, sendo amável e mostrando limites para um bom andamento da aula.

 

2 – Ore regularmente por seus alunos.

 

3 – Trate os pais de seus alunos como parceiros.

 

4 – Organize sua classe para que funcione bem e tenha rotinas bem estabelecidas.

 

5 – Determine padrões de comportamento para a classe.

 

6 – Elogie os alunos que seguem as regras.

 

7 – Chegue cedo à classe.

 

8 – Prepare a aula com antecedência.

 

9 – Demonstre liderança com amor.

 

10 – Use histórias para ilustrar o comportamento que você quer encorajar.

 

Textos Bíblicos:

Deuteronômio 6:4-7

Colossenses 3:21

Provérbios 1:8

1 Timóteo 3:4; 5:8

1 Tessalonicenses 2:11-12; 5:14

Hebreus 12: 5-8

 

 

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4 comentários
  1. bete fioravanti comentou:

    Muito bom! Boas dicas a serem seguidas!!!

    Date: Tue, 21 May 2013 13:01:35 +0000 To: betefioravanti@hotmail.com

    1. Regina Cobra comentou:

      Obrigada Bete pelo apoio

  2. Salete M. Marinho comentou:

    Obrigada pelo envio do estudo, ótimo conteúdo ,observarei e vou fazer uso das orientações. Que Deus a abençoe ricamente!

    1. Regina Cobra comentou:

      amém, Deus seja louvado

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